PROJETO VOZES: DESAFIOS DA MULHER NEGRA NO SÉCULO XXI
Gabriela Moreira e Henrique Castanheira
Viola Davis, atriz e produtora norte-americana conquistadora do status de EGOT por possuir os prêmios mais importantes de Hollywood, sendo Emmy, Grammy, Oscar e Tony, fez o seguinte discurso na sexagésima sétima Edição Anual dos Primetime Emmy Awards ao ser a primeira mulher negra a ganhar o prêmio na categoria ‘série dramática’. “Na minha mente, eu vejo uma linha. E além dessa linha, eu vejo campos verdes, flores lindas e belas mulheres, brancas, com seus braços esticados tentando me alcançar além daquela linha, mas eu não me vejo e não sei como chegar lá. Eu não consigo passar daquela linha”, reproduzindo uma fala de Harriet Tubman, líder abolicionista negra norte-americana responsável pela libertação do seu povo nos Estados Unidos, nos anos 1800.
Viola Davis continua o discurso é diz, ainda: “A única coisa que separa as mulheres de cor de qualquer outra pessoa é a oportunidade”. Ela dedicou o Emmy a todos os roteiristas, atores e atrizes negras que ressignificaram o que é ser bonita, sexy, protagonista, NEGRA. Embora Viola Davis seja um grande exemplo de mulher negra de sucesso e que lutou para conquistar o espaço dentro do mercado cinematográfico, há também outras milhares de histórias de mulheres negras e, mais especificamente, mulheres negras e brasileiras que lutam arduamente todos os dias para conquistar o seu espaço na sociedade. Mulheres que enfrentam os desafios de ser uma mulher negra no século XXI.
O Projeto Vozes, ano de 2023, produziu 11 Episódios de videocast. Todos os assuntos estão relacionados a Questões Sociais que afligem a sociedade. Caso tenha perdido algum episódio, basta clicar no link e conferir o episódio: “Os desafios e impactos do alcoolismo na sociedade” , “Migrantes e Refugiados: Desafios e Inclusão” , “O Abandono de Idosos em Foco” , “Ressocialização de Egressos do Sistema Prisional” , “Desafios da Comunidade LGBQIAPN+” , “A Inclusão dos Autistas na Sociedade” , “Adultização e Erotização Infantil na Sociedade” , “Fome: Triste Realidade de um Mundo Desigual” e “Os Perigos do Alcoolismo na Juventude” e “A Sociedade que Fecha os Olhos, Abandona e não Protege os Idosos”
O Episódio VI: “Desafios da Mulher Negra no Século XXI” do videocast do Projeto “Vozes” propõem uma reflexão importante sobre a invisibilidade, a falta de oportunidades e voz da Mulher Negra na sociedade. O conteúdo foi realizado pelas alunas do 4º período de Jornalismo da FAESA Centro Universitário Gabriela Moreira, Poliana Rocha e Emanoele Almeida e pelos alunos Felipe Auschauer, Higor Nicchio e Henrique Castanheira para as matérias Projeto Integrador III, Produção e Distribuição de Conteúdos para Mídias Digitais, Produção para Audiovisual I e Produção e Edição em Mídia Sonora. A professora e escritora Luciana Santos e a diretora do Coletivo Afoxé Marilene Pereira foram as mulheres que debateram o assunto. O Episódio “Os Desafios da Mulher Negra no Século XXI” busca trazer uma discussão sobre a realidade de Mulheres Negras que, muitas vezes, são privadas de direitos, oportunidades e liberdade por conta dos desafios impostos pela sociedade.
Você já parou para pensar nos desafios que uma Mulher Negra enfrenta na sociedade? Dê uma conferida no episódio abaixo e encontre respostas:
Segundo Sexo
Uma das teorias fundamentais destacadas sobre gênero é “O Segundo Sexo” (em francês, “Le Deuxième Sexe”) escrito por Simone de Beauvoir, em 1949. O livro é um dos textos fundadores dos estudos de gênero que discute os mitos em torno da mulher. A obra influenciou profundamente o pensamento sobre a construção social do gênero. A escritora e ativista, argumentou que “não se nasce mulher, torna-se mulher“, enfatizando que o gênero é uma criação social e não uma inevitabilidade biológica.
Embora haja outros estudiosos que contribuíram para o campo dos estudos de gênero, a obra de Beauvoir é frequentemente citada como uma referência importante sobre o tema. Simone Beauvoir busca demonstrar que existem distorções em volta da mulher e ideias na construção social e histórica que limitam a participação das mulheres na sociedade. O debate estimulado pela autora é necessário para desestruturação das desigualdades entre mulheres e homens, reconhecendo os direitos das mulheres que ainda não são vivenciados com igualdade.
Edição: Loren Peterli
Imagem do Destaque: Kariana Ferreira