O Budismo é a quarta maior religião do mundo e o sistema da crença é baseado em quatro princípios ou verdades fundamentais: o sofrimento sempre se faz presente na vida; o desejo é a causa crucial do sofrimento; a aniquilação do desejo leva à aniquilação do próprio sofrimento; e a libertação individual que é atingida por meio do Nirvana. O Buda não é um Deus, mas, sim, um título a uma pessoa que atinge o Nirvana e, com isso, desperta plenamente para a verdadeira natureza dos fenômenos.
O conceito de Nirvana é contrário à ideia do ciclo de nascimento, existência, morte e renascimento. Para os Budistas, o caminho da libertação é atingido a partir do momento em que há o rompimento do ciclo da vida. O Nirvana pode ser alcançado por meio de uma sistematização em oito vias corretas, conhecida como caminho óctuplo:visão, intenção, fala, ação, meio de vida, esforço, atenção e concentração.
Para conhecer mais sobre a conexão com o Sagrado, as estudantes do curso de Jornalismo da FAESA Centro Universitário Ana Clara Bourguignon, Ana Clara Fucci, Ester Pereira e Loren Peterli realizaram um trabalho de pesquisa e fotografias no “Mosteiro Zen Morro da Vargem”, localizado em Ibiraçu, região Norte do Espírito Santo. A iniciativa foi transmitir, por meio das imagens, o estilo de vida dos Budistas e costumes de atividades cotidianas da religião. O grupo trouxe o registro fotográfico intitulado “Capturando a Serenidade: Uma Jornada Pelo Budismo Zen”.
Na visita ao Mosteiro, as alunas puderam perceber que a disciplina no Mosteiro Zen é voltada para a leveza das posturas e a liberdade da mente. Os monges demonstram bom humor e tradições de brincadeiras e de vivacidade no Zen Budismo. O Buda, conhecido como aquele que despertou do sono da ignorância, é tratado sem dogmatismos e frequentemente são utilizadas histórias engraçadas para transmitir ensinamentos. Por isso, o meio para se praticar esses ensinamentos é a meditação, que exercita a benevolência e o amor para com todos os seres.
O número 108 é um número sagrado. Ele aparece frequentemente em diversas ocasiões do cotidiano Budista, como, por exemplo, na quantidade de portões da entrada e no número de vezes que o sino é acionado por dia. Isso acontece devido à relação feita pelos sábios da época que perceberam que a distância aproximada entre o sol e a terra é de 108 vezes o diâmetro do sol. Além de descobrirem que a distância entre a lua e a terra também é 108 vezes o diâmetro lunar. Por isso, utilizar esse número é como fazer uma jornada até o sol, que é a fonte e a origem de toda a vida na terra.
Vale destacar que O documento imagético faz parte do Projeto Integrador II – “Olhares: Retratos Sobre o Sagrado“. Todo o processo de produção da atividade foi orientado pelos professores Fabiano Mazzini, Vitor Jubini e Valmir Matiazzi.
Confira abaixo algumas imagens do registro “Capturando a Serenidade: Uma Jornada Pelo Budismo Zen”: