Empreendedorismo Jovem: Oportunidade de independência e de transformação da sociedade

O 1º Festival CRIE vai acontecer entre os dias 9 e 11 de outubro na FAESA Centro Universitário. O evento faz parte da 22ª Jornada Científica e Cultural FAESA e vai unir alunos, professores e profissionais do mercado. O CRIE é uma iniciativa do LACOS e do Mov.ie da FAESA Centro Universitário e faz parte de um Projeto que conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (FAPES). O texto abaixo é “um esquenta do Festival” e está ligado à ideia do CRIE, pois faz conexões diretas com a Criatividade, a Inovação e o Empreendedorismo. Conheça abaixo histórias de jovens empreendedores dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da FAESA.

Loren Peterli

Os Jovens brasileiros estão cada vez mais interessados em empreender e, para isso, utilizam ideias inovadoras e criativas para conquistar independência financeira, criar soluções para os problemas do cotidiano, impulsionar novos negócios, gerar empregos e transformar a sociedade. O empreendedorismo jovem está trazendo um novo olhar para o mercado de trabalho.

Segundo dados divulgados pelo Portal do Empreendedor, em 2022, o Brasil tinha dois milhões de jovens empreendendo. Com apoio e incentivo, a juventude empreendedora poderá contribuir muito mais para o desenvolvimento econômico e social, pois está mais propensa a ser inovadora e a criar negócios que atendam rapidamente as necessidades da sociedade que está em constante mudanças.

Henrique Hamerski (Foto: Arquivo Pessoal)

O publicitário e professor da FAESA Henrique Hamerski explica que o empreendedorismo não é apenas empreender, mas são características que o indivíduo precisa desenvolver para enfrentar desafios: aprender a ser mais flexível, criativo, inovador, persistente e praticar a liderança. Para o professor, as oportunidades de empreendedorismo estão abertas, mas há profissionais que não querem desenvolver, buscar diferentes soluções e nem contribuir. Por isso, em todo lugar há pessoas que gostam de fazer atividades mais repetitivas e sem promover mudanças, mas a outras pessoas que vão se sentir impulsionadas a inovar e a criar ideias.

Henrique explica que a maior parte dos negócios vão a falência por falta de conhecimento e planejamento, não só financeiro, mas, também, do mercado em que vai atuar. Henrique indica a plataforma Endeavor, que constitui uma rede de empreendedorismo capaz de auxiliar novas startups a crescerem mundialmente.

A questão de empreender nos ajuda a construir comportamentos que estão cada vez mais valorizados no mercado de trabalho. Jovens que têm o interesse em abrir uma empresa vão ter uma formação de habilidades e de conhecimentos que vão fazer com que eles fiquem mais fortes e preparados para a vida profissional
Henrique Hamerski

O estudante de Publicidade e Propaganda da FAESA Yago Victor Melo se tornou empreendedor da loja “JAM – Just After Midnight”, em 2018. Yago conta que fabrica e vende peças de vestuário, entre elas, camisetas, bonés, Shoulder Bags (bolsas transversais) e pochetes. Entre desenhos e rabiscos, utilizou das economias que tinha para transformar as artes em camisas.

O jovem acredita que começar desde cedo no empreendedorismo é o ponto chave para que o empreendedor consiga colocar as ideias em prática e adquira valor suficiente para agregar na vida de outras pessoas. Inclusive, Yago brinca que gostaria de ter iniciado antes no empreendedorismo para consolidar cada vez mais cedo a marca. Criada por paixão, a loja faz parte de uma fatia do sonho de projeto de vida do empreendedor, mas não por completo, já que o negócio está atingindo fronteiras internacionais.

Minha liberdade e o conceito original da minha ideia materializada em obra na minha mão são coisas que me motivam a continuar
Yago Victor Melo

A empreendedora da marca “Luíza Bazoni Store” e estudante de Publicidade e Propaganda da FAESA, Luíza de Araujo Bazoni, deu início ao negócio próprio com apenas 18 anos. Com uma visão revolucionária na área do empreendedorismo, a jovem aproveitou a oportunidade da falta de acessórios atuais na cidade de São Mateus, interior do Espírito Santo, e com o objetivo de conquistar a independência financeira, criou uma loja virtual no Instagram.

A força de vontade de Luíza foi a principal aliada para continuar crescendo, mesmo com medo e incertezas. Ela destaca que por ter começado desde muito nova, a falta de conhecimento na área de estudo de mercado e táticas de marketing, com planejamento e concentração, foi um grande desafio.

O empreendedorismo te proporciona uma jornada com altos e baixos. E eu aprendi a enfrentar todas essas adversidades com criatividade, resiliência e reavaliando as estratégias que eu utilizava, tendo foco e estudando o que minhas clientes realmente precisavam. Todas essas lições contribuíram para o meu crescimento pessoal, me trouxeram autonomia e liberdade para fazer o que amo da maneira que eu quiser
Luíza de Araujo Bazoni

Já o negócio “Delícias da Vânia” nasceu em 2018 entre uma relação de mãe e filha. A tradição de se reunir com a família para assistir um filme com uma boa pipoca gourmet para acompanhar se tornou uma oportunidade de renda. No princípio, a estudante de Jornalismo da FAESA Larissia Sousa Nobre criou o empreendimento junto com amigas que possuíam o mesmo sonho, viajar. O “Pipoca Gourmet Três Meninas” deu tão certo que apesar das sócias terem tomado rumos diferentes na vida, Larissia, posteriormente, se tornou parceira de negócios da mãe, Evaneide, mais conhecida como Vânia.

Começar por uma necessidade não foi um impedimento para que o projeto fosse desenvolvido com paixão, criatividade e inovação. Obrigações que muitos consideram banais, como pagar uma conta, construir algo e solidificar o negócio, são passos que a empreendedora acredita ser essencial para caminhar com um propósito de vida. Larissia conta que empreender não é apenas fazer dinheiro ou ter um produto bom, mas é enxergar a felicidade do cliente em comer a pipoca ao comprar o produto vendido por ela.

Quando você começa cedo, você enxerga os desafios com mais zelo, mais sensibilizado a erros e acertos. Você olha para trás e pensa ainda sou muito jovem e tenho muito chão para construir. Então, se eu errei nisso, bola pra frente que uma hora eu vou acertar
Larissia Sousa Nobre

O empreendedorismo jovem sempre esteve presente na veia da jornalista formada na FAESA Nicolle Barbosa Alves da Silva. Assim, quando entrou na faculdade foi o momento de aplicar um produto que já estava na família há bastante tempo: o crochê. Ensinado pela avó, a mãe se especializou e Nicolle ingressou no ramo, sendo a terceira geração, criando o “Ateliê Vó Nair”.

Nicolle Barbosa e a mãe dela (Foto: Arquivo Pessoal)

Nicolle conta que o principal aliado foi o conhecimento, buscando se profissionalizar. Atualmente, a marca vende bolsas de crochê e Nicolle trabalha em duas profissões: jornalista e crocheteira. “É necessário levar a sério, começar a pensar no futuro e ter expectativas profissionais. Persistência e criatividade são fundamentais para se inserir no mercado de trabalho. Nosso produto é feito exclusivamente por mulheres com história e afeto. O ateliê foi resultado de conquistas que não conseguimos mensurar”, conta Nicolle.

A caminhada dos jovens empreendedores é longa e cheia de desafios para se consolidar no mercado. Por isso uma série de características precisam ser desenvolvidas. Dentre elas: determinação, curiosidade, coletividade, visão criativa e inovadora, resiliência, paciência para lidar com problemas, capacidade de lidar com riscos, simpatia, ser educado e ao mesmo tempo ser firme, ser cara de pau para ir atrás das oportunidades, saber se comunicar para se adaptar ao gosto do cliente, habilidade para estar sempre adquirindo um aprendizado contínuo.