O legado de Machado de Assis
Jacyara Oliveira
O dia 21 de junho é marcado pelo nascimento e pelo legado de um dos maiores autores do Brasil, considerado o pai da literatura brasileira, Joaquim Maria Machado de Assis ou como o conhecemos: Machado de Assis (21/6/1839 a 29/9/1908). Se o escritor estivesse vivo, estaria celebrando 184 anos. Quando surgiu para o cenário literário, nos anos de 1850, era um jovem cheio de sonhos e se tornaria uma das pessoas mais influentes por várias gerações.
Machado de Assis transitou entre vários gêneros literários como o romance, a poesia, a crônica e os folhetins. As obras do autor sempre eram ousadas, compostas de ironias e críticas à sociedade, com personagens realista e que retratavam, principalmente, os cariocas da época. A partir dessas criações, ele introduziu o Realismo no Brasil. O livro de maior destaque foi Memórias Póstumas de Brás Cubas (1880). Ele fez parte da fundação da Academia Brasileira de Letras e foi presidente por 10 anos.
Por ser um homem negro e descendente de escravos, Machado de Assis foi criticado por diversos autores da época. Para que suas obras fossem valorizadas, o autor sofreu um processo de embranquecimento. Por muito tempo, ele foi representado como uma pessoa de pele clara. Contudo, recentemente, foi descoberta uma foto que revela os verdadeiros traços de Machado, que se tornou um grande representante para a comunidade negra do Brasil.
“Capitu traiu ou não traiu?” é um dos maiores debates no mercado literário. O livro Dom Casmurro (1899) marcou várias gerações de leitores e escritores pelo autor não deixar claro se a personagem traiu mesmo o marido com o melhor amigo dele, uma vez que quem narra a história é Bentinho.
Os livros de Machado de Assis fazem parte do currículo escolar e é um dos escritores brasileiros mais reconhecidos internacionalmente. As discussões sobre as obras do autor comprovam a relevância de Machado de Assis para literatura brasileira até os dias atuais.
Conheça as obras mais famosas do autor: A Mão e a Luva (1874), Helena (1876), Memórias Póstumas de Brás Cubas (1880), O Alienista (1882), Quincas Borba (1891), A Cartomante (1884) e Dom Casmurro (1899)
Edição: Fernanda Sant’Anna
Imagem do Destaque: Universidade Zumbi dos Palmares/Montagem: Jacyara Oliveira