Alunos do curso de jornalismo participam de oficinas e painel no evento ‘House’
Gabriella Guerra, Julia Oliveira e Hugo Dadalto
O evento “House”, idealizado por alunos do curso de Publicidade e Propaganda e Jornalismo da FAESA Centro Universitário, cumpriu a missão de produzir conhecimento para a comunidade acadêmica. Os criadores Douglas Motta, Lara Albani, Clara Lima e Gabriel Taveira idealizaram dois dias de imersão com propostas de integração com o mercado. Oficinas, mesas-redondas e palestras com profissionais especializados ajudaram alunos e professores a refletirem a teoria e a prática sobre o fazer publicitário e jornalístico.
No primeiro dia da “House“, o curso de jornalismo foi agraciado com duas oficinas: “Oratória” e “Ex-jogadores no jornalismo: futuro ou problema?” e o painel “Rede Gazeta”. O Evento é uma iniciativa do LACOS e do Mov.ie da FAESA Centro Universitário e faz parte de um Projeto que conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (FAPES).
Painel Rede Gazeta
No painel da Gazeta, o jornalista e egresso da FAESA Kaique Dias, a apresentadora Fabíola de Paula e o editor Rodrigo Lira realizaram um bate-papo com a temática sobre os desafios do HardNews que em tradução livre significa ”notícias pesadas” ou “notícias importantes”. Outras características fundamentais para esse tipo de notícia é que o conteúdo precisa ser factual e preciso.
O editor Rodrigo Lira explica também o compromisso do jornalista com a notícia. “O acidente acabou de acontecer. Temos que pensar na família que está do outro lado. A família não sabe que essa pessoa morreu. Temos que se resguardar. É um compromisso nosso. O acidente vai para grupos de Whatsapp, vai para o Twitter e vai para outras plataformas. As pessoas vão compartilhando isso. Contudo essas pessoas não tem responsabilidade, não tem ética e nem observa as questões jurídicas ao divulgar as informações”, afirmou.
Durante o painel foi debatido ainda as novas formas de produção do conteúdo jornalístico. O Mobile, que é o conteúdo feito por dispositivos moveis, é desenvolvido ao mostrar, principalmente, o ao vivo. O trânsito é um exemplo dessa iniciativa. Fabíola de Paula afirma que o Mobile muda a linguagem do jornalismo, foge da estética tradicional e foge do uso de câmeras tradicionais. O debate proposto trouxe também a questão do jornalismo estar ligado à veracidade e à qualidade da informação.
Jornalismo não trabalha com hipótese
Fabíola de Paula
Oficina sobre oratória
A jornalista, apresentadora e mestre de cerimônias e também ex-aluna FAESA Carol Monteiro realizou a oficina sobre oratória. A apresentadora conversou sobre as principais diferenças entre retórica e oratória, além de mostrar os cuidados que devem ser tomados com o modo de fala que varia de acordo com o público. Ela expôs sobre a importância de se ter uma comunicação clara e fácil de ser entendida e que ajuda na compreensão dos consumidores.
Comunicação não é o dom de saber falar. Comunicação é a arte de fazer o outro entender
Carol Monteiro
Na carreira profissional, Carol destacou as oportunidades que teve na área do jornalismo e do grande sonho de apresentar um telejornal. Ela iniciou a trajetória no rádio e, posteriormente, teve a possibilidade de fazer pequenas entradas na televisão. Em 2018, Carol teve a chance de trabalhar na Rede Gazeta, começando na parte de entretenimento. Já em 2020, durante a pandemia do coronavírus, pode realizar o desejo de se tornar apresentadora do jornal da emissora. Atualmente, Carol atua como mestre de cerimônia em diversos eventos e em campanhas publicitárias para marcas do Estado.
A especialista em fonoaudiologia Tatiane Accioly Gastão também fez parte do bate-papo. As dicas de Tatiane foram voltadas para como melhorar as formas de se expressar e sobre os cuidados que se deve ter com a voz.
O bom comunicador é um camaleão. Ele se adequa ao público e não o público que se adequa a ele
Tatiane Accioly Gastão
Oficina jornalismo esportivo
O jornalista esportivo Filipe Souza, que foi enviado especial nas Olimpíadas de Tóquio e na Copa do Mundo no Catar, e o ex-jogador de futebol Ramon Motta, que teve passagens por Clubes como Vasco da Gama, Corinthians e Flamengo, comandaram a oficina. Os dois participaram do bate-papo sobre jornalismo esportivo cujo tema era: Ex-jogadores no jornalismo: Futuro ou problema?
Os palestrantes conversaram sobre o processo de entrada dos ex-atletas nesse ramo do jornalismo. “Essa contratação de ex-atletas para comentar os jogos pode acontecer, mas é necessário um processo seletivo“, comenta Ramon.
O ex-jogador, que atualmente trabalha como empresário, reforçou a importância de um preparo por parte dos atletas aposentados antes que sigam a carreira de comentarista. Ramon acrescentou que fez curso de comentarista, mas ainda não se sente preparado para uma transmissão ao vivo.
Já Filipe Souza afirma que a maior presença de ex-jogadores do que jornalistas nas transmissões esportivas ocorre devido a experiência apresentada pelo jogador por conta da vivência no esporte e também pela proximidade com outros jogadores. “É um momento de reinvenção na profissão. A gente precisa se movimentar para complementar de outras formas”, disse o jornalista.
Edição: Cauã Vieira
Imagem do Destaque: Instagram/somos.house/Douglas Motta