Os perigos do bullying no ambiente escolar

Rayssa Baptista Moreira

Bullying é uma palavra estadunidense, que se refere a violência física ou psicológica causada por adolescentes e crianças em ambientes escolares e de convívio deles. A palavra é derivada do verbo bully – que significa valentão – e entrou nos dicionários logo após o Massacre de Columbine em 1999 onde um “valentão” fez de refém e matou adolescentes em uma escola de high school nos Estados Unidos.

O Massacre de Columbine é apenas um dos vários casos de assassinatos em massa em escolas estadunidenses. O episódio ficou famoso por sua ocorrência inesperada e rendeu diversos filmes e documentários, o que de certa forma, infelizmente, inspira jovens com o mesmo pensamento (Imagem: Fox News)

O motivo era óbvio. O jovem queria se vingar da instituição por sofrer violência psicológica dos colegas. Eric Harris entrou na escola acompanhado do amigo Dylan Klebold. Os dois estavam armados e pensaram em todos os detalhes do massacre. Um deles usou bombas para atrair os bombeiros para outro local e, assim, entraram na instituição e mataram o máximo de pessoas que conseguiam: foram 12 alunos e um professor, além de terem deixados vários feridos. Os dois trocaram tiros com a polícia e logo após se mataram.  

A atitude de bullying também envolve o sentimento de insegurança por parte do agressor e pode ser fruto de diversos problemas na própria vida (imagem: Freepik)

A psicóloga Raissa Rodrigues explica que o bullying acontece na maioria das vezes entre a pessoa mais velha com o mais nova para que esse mais velho se sinta “maior” e mais “forte”. Ela também diz que o agressor, geralmente, tem problemas em sua vida pessoal.

Raissa também alerta que a maioria dos atos estão nas escolas, onde as crianças e adolescentes têm mais convívios. 

A professora de português Silmar diz que muitas bibliografias levam a tratar o tema com frequência em sala de aula, incentivando ao combate ao bullying nas instituições educacionais e levando o aluno a enxergar o colega de maneira diferente. Em uma das aulas em que abordou o tema, a professora contou que os relatos que ouviu de seus alunos foram fortes e que todos se emocionaram.  

Existem diversas formas de bullying, desde psicológico e físico até ao digital. Por isso é necessário que os responsáveis e a instituição de ensino estejam sempre enfatizando o tema e mantendo um monitoramento próximo (imagem: Freepik)

A opinião das crianças que vivem o dia a dia escolar não é diferente. Uma criança de 8 anos contou que vê os colegas fazerem e sofrerem bullying frequentemente e muitas vezes o ato não para na violência verbal. “Às vezes, os meus amigos xingam um ao outro e também tem brigas de baterem um no outro”. Quando perguntada sobre qual era a atitude da professora em sala de aula, a aluna contou que, muitas vezes, ela só ficava sabendo quando acontece a briga física. 

A manicure Rafaela Fernandes conta que a filha dela nunca relatou ter sofrido bullying. Rafaela diz também que, caso haja relatos da filha, a atitude seria procurar a escola para solucionar o problema o mais rápido possível para que não se torne algo pior. Caso a instituição não resolva o problema, procuraria outras possibilidades, indo à polícia ou conselho tutelar. 

Edição: Sofia Galois

Imagem em destaque: Freepik