“O diferencial de um jornalista é ser ético e fidedigno com as fontes”, diz Lucia Garcia

Egressa da FAESA destaca a importância da apuração para a qualidade da informação no evento sobre o futuro do jornalismo

Milena Machado

“O dever do jornalista é buscar e apurar as notícias, que vem chegando cada vez mais rápido nos dias de hoje”, afirmou Lucia Garcia no evento “Futuro do jornalismo”.  O bate-papo foi em comemoração aos 30 anos do curso da FEASA e do Dia do Jornalista.

Egressos FAESA no evento “Futuro do Jornalismo” (Foto: Mirela Rodrigues)

Egressa da primeira turma de jornalismo na FAESA, estudou na unidade de São Pedro e agora, conhecendo a nova estrutura do curso, sentiu nostalgia dos tempos de estudante e felicidade por ver a evolução do curso no qual realizou a primeira graduação.

Lucia se formou em jornalismo em 1999, fez um curso de residência na TV Gazeta, se especializou em economia e políticas públicas. Mesmo com toda bagagem, a jornalista está aberta a aprender cada vez mais.

(Foto: Ana Clara Cruz)

Começou a trabalhar na área de polícia, depois atuou como colunista de economia e agora atua como gestora de comunicação. Ela trabalhou em grandes empresas, como Banestes e SESC, e atualmente trabalha na Assembleia Legislativa.

A jornalista considera que trabalhar com casos policiais foi uma grande escola de vida e de jornalismo. Foi nessa parte do jornalismo diário que aprendeu a averiguar detalhadamente as informações, fazendo contatos com militares, com as vítimas e familiares, podendo ser de classe com menor renda até a mais abastada. Ficou conhecida pela apuração, Lúcia afirma que o diferencial dos profissionais do jornal é ser ético e fidedigno com as fontes.

(Foto: Ana Clara Cruz)

Durante o bate-papo, Lúcia aconselhou aos estudantes que busquem uma apuração de qualidade para chegar à verdade de informações. “Deve-se ir, apurar, estudar”, insiste ela. “Por conta da tecnologia, a informação chega cada vez mais rápida, mas o ideal é uma averiguação de qualidade.”

Sua mudança do jornalismo diário para área de assessoria foi inusitada. “Ser assessora de comunicação e de imprensa é diferente, outra função, por envolver comunicação interna e externa”, diz a egressa.

(Foto: Mirela Rodrigues)

Além de ter escrito para jornais, Lúcia agora vem produzindo literatura. Foi convidada a escrever um livro sobre o conselheiro do Tribunal de Contas do Espírito Santo, Sérgio Aboubib. O processo desafiador, cheio de audições para conectar ideias, a jornalista afirma que o resultado final é gratificante e pretende repetir a dose.

A egressa da primeira turma é extremamente realizada na profissão. Ela acredita que ainda vai enfrentar muito chão pela frente, com a entrada das novas tecnologias no cotidiano do jornalista, mas se mantem confiante: “Que venham novos desafios, nós, jornalistas, estamos aqui para superá-los”.

(Foto: Ana Clara Cruz)