Conectados ao Consumo: Como a Geração Z é Influenciada no Mundo Digital
Descubra como as redes sociais têm impulsionado o consumo exagerado entre os jovens.

Ana Clara da Cruz
Você provavelmente já pesquisou algo na internet que queria comprar e, logo depois, começaram a aparecer diversos anúncios sobre isso nas redes sociais. Isso acontece porque os algoritmos captam as buscas e passam a exibir conteúdos relacionados ao interesse. Com os jovens da Geração Z, esse mecanismo funciona da mesma forma — e até com mais intensidade. O consumo exagerado entre adolescentes tem se tornado pauta em diversos meios de comunicação.
A chamada Geração Z, ou Gen Z, é composta por jovens nascidos entre meados da década de 1990 e os anos 2010, segundo a enciclopédia Britannica. Eles têm, portanto, entre 15 e 25 anos, sendo conhecidos como “nativos digitais”: cresceram em meio à ascensão da internet, redes sociais e smartphones.
O consumo entre esses jovens acontece, majoritariamente, de forma online, em sites e aplicativos como Shopee, Shein e Amazon, vai muito além da simples vontade de comprar — é uma combinação de tecnologia, influência social e necessidade de pertencimento. Entender esse cenário é essencial para promover escolhas mais conscientes e saudáveis.
FOMO e seu Impacto no Consumismo
A sigla FOMO significa Fear of Missing Out, ou “medo de ficar de fora”. Esse termo descreve a ansiedade gerada pela sensação de que é preciso estar sempre por dentro das tendências, saber o que os outros estão fazendo ou consumindo — e fazer o mesmo para não se sentir excluído.
No ambiente digital, onde o algoritmo personaliza anúncios e conteúdos com base no comportamento de cada usuário, essa pressão é ainda maior. A constante comparação social e a necessidade de pertencimento acabam incentivando os adolescentes a entrarem em um ciclo de consumo contínuo. Como consequência, muitos produtos acabam sendo descartados quase sem uso, reforçando não só o problema do consumismo, mas também o impacto ambiental.

Influenciadores digitais e o estímulo ao consumo
Antigamente, as empresas concentravam esforços publicitários na televisão, principal meio de comunicação em massa. Agora, apesar de ainda haver esse formato de divulgação, os produtos ganharam uma nova vitrine: as redes sociais. Grande parte das marcas aposta nos influenciadores digitais — pessoas com grande alcance nas redes e alto poder de persuasão.
Esses influenciadores criam uma sensação de proximidade com os seguidores, o que torna os produtos que divulgam mais atraentes e desejados. A combinação entre publicidade personalizada, promoções relâmpago e facilidade de compra nos aplicativos cria um ambiente de consumo rápido e constante. Esse fato, juntamente com o FOMO, contribui para o surgimento de comportamentos de consumo excessivo e, muitas vezes, sem reflexão.

Diante esse cenário é possível refletir: tudo que é visto é realmente necessário consumir ou é apenas mais uma necessidade de afirmar que pertence a determinado grupo através de um produto?