Projeto Vozes: os Desafios da Adoção no Brasil e no Espírito Santo

No primeiro Episódio da Temporada 3 da série de videocast dos alunos do curso de Jornalismo da FAESA que abordam questões sociais urgentes, o programa “mergulha” nos principais fatores e causas que influenciam o processo de adoção no Brasil

Hugo Dadalto

Ato de amor. Essa ação define quem, hoje, participa do universo da adoção. Seja adotando ou apoiando a causa, a preocupação é uma só: garantir o convívio familiar de crianças e de adolescentes. E a responsabilidade não para por aí. Nesta esteira do aprender, seja a se tornar pais ou filhos, Aline Weber e Gabriel Carvalho no artigo “Perfil idealizado: entrave à efetivação da adoção de crianças e adolescentes no Brasil” já advertem aos futuros papais e mamães que a adoção deve assegurar, também, o desenvolvimento educacional, psíquico e afetivo dos pequenos.

Além disso, ao falar em adoção, não demora muito para o termo família logo aparecer. As cinco letras que formam a palavra tão buscada por quem deseja ser adotado, abrigam, hoje, uma diversidade de formatos, conforme relata a pesquisadora Joyceane Menezes, na obra “A família na Constituição Federal de 1988”.

A clássica “família do comercial de margarina” dá lugar, agora, para as mães solo, famílias formadas por dois pais ou duas mães, dentre muitas outras possibilidades. E o melhor, todas essas podem adotar. As histórias das amigas Fernanda Costa e Roberta Torres colocam em prática esses dois conceitos, pois, em comum, a adoção é o que as une. Mães pelas vias adotivas, elas comandam o Grupo de Apoio à Adoção Mãos Amigas (Gaama), da Serra.

O grande foco das atividades do Gaama é dar suporte a quem se interessa em apoiar a causa da adoção e não apenas ser um auxílio a quem deseja adotar ou já está vivendo o processo. O Gaama faz parte dos mais de 300 grupos de apoio à adoção espalhados pelas cinco regiões do Brasil, todos ligados à Associação Nacional de Grupos de Apoio à Adoção (Angaad).

Da esquerda para a direita: Emilly Dias, Fernanda Costa, Nicoly Reis, Hugo Dadalto, Danielly Bart e Roberta Torres. (Foto: Arquivo Pessoal)

De olho nessa realidade social que faz parte de muitos lares capixabas foi produzido o Episódio I: “Os desafios da adoção no Brasil e no Espírito Santo” da Terceira Temporada de videocast do Projeto “Vozes”. O episódio foi desenvolvido pelos alunos do 4° período de Jornalismo do Centro Universitário FAESA Emilly Dias, Hugo Dadalto e Nicoly Reis para as disciplinas de Projeto Integrador III, Produção e Distribuição de Conteúdos para Mídias Digitais, Produção para Audiovisual I e Produção e Edição em Mídia Sonora. Para discutir o tema, duas referências quando o assunto é adoção: a cofundadora do Gaama Roberta Torres e a Mestra e Doutora em psicologia Danielly Bart

Para ficar por dentro do assunto, assista o episódio completo abaixo: 

Mais Idade, Menos Chances

De acordo com dados do Simulador de Adoção 2019 do jornal Estadão, dentre as características que mais pesam e que são decisivas no momento da adoção, a idade, a presença de irmãos e a existência ou ausência de deficiências estavam no topo das exigências dos adotantes. No topo das escolhidas, Crianças entre 2 e 3 anos de idade estão dentro do ranking das preferências. A escolha desse perfil idealizado é um dos fatores que contribuem para que mais de 35 mil pretendentes estejam na fila da adoção, enquanto pouco mais de 4 mil crianças e adolescentes estão prontos para serem adotados, segundo os números do Sistema Nacional de Adoção (SNA) de 2024.


Edição: Redação do FaesaDigital

Imagem do Destaque: Kariana Ferreira