Saindo do padrão estabelecido pela sociedade, mulheres, além de se tornarem donas do próprio negócio, se tornam inspirações para futuras empreendedoras

Danilo Muniz

Novembro é o mês do empreendedorismo feminino e o LACOS resolveu criar a campanha “Elas transformam o futuro e inspiram outras mulheres” para homenagear todas as mulheres que, com coragem, ousadia e muita garra, movem o mercado, inovam e fazem a diferença. Nós conversamos com empreendedoras ao redor da FAESA e do Centro de Vitória para conhecer mais as histórias delas.

O Brasil e o mundo têm acompanhado o crescimento expressivo das mulheres no empreendedorismo, um setor historicamente dominado por homens. Embora os índices mostrem oscilações entre avanços e retrocessos, as mulheres se consolidam como protagonistas nesse cenário econômico. Mais do que vencer barreiras de gênero, elas conquistam espaço por sua competência e impacto no mercado. Em meio a setores competitivos e marcados pelo sexismo, elas desafiam o “paradigma patriarcal” que, por muito tempo, as excluiu desse universo.

De acordo com uma pesquisa realizada em 2023 pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), mais de dez milhões de mulheres estão à frente de negócios no Brasil. Grande parte do Produto Interno Bruto (PIB) é impulsionada por essas empreendedoras que transformam desafios em oportunidades.

Mesmo com avanços, elas ainda não são maioria no setor. Segmentos como estética, moda e vestuário apresentam maior presença feminina, enquanto áreas como automobilismo e logística de transportes permanecem predominantemente masculinas. Isso revela que ainda há uma divisão de mercado baseada em gênero, evidenciando a necessidade de maior igualdade e representatividade.

As proprietárias e gerentes da loja de fantasias e adereços País das Fantasias, Simone Monteiro Paulo, 35 anos, e Rosy Oliveira dos Santos, 34 anos, compartilham como surgiu a ideia e o processo de abertura do estabelecimento. Ambas trabalhavam juntas em outra loja de fantasias e sempre tiveram afinidade com a área.

O principal motivo para criarem o próprio negócio foi o desejo de inovar na forma de conduzir a empresa. Localizada na Av. Marechal Campos, próxima à FAESA Centro Universitário, a loja já está há quase dois anos em atividade. As empreendedoras planejam expandir o negócio com a abertura de uma nova unidade, reafirmando, assim, o compromisso com a qualidade e a inovação.

Rosy Oliveira destaca o apoio financeiro que recebeu do marido para abrir a loja. Ela salienta que, atualmente, a questão financeira não é um problema do estabelecimento, mas que para abrir um negócio é preciso de um capital de giro, a diferença entre as despesas a serem pagas e somatória do dinheiro disponível no caixa, muito grande. Rosy narra que os primeiros investimentos não geram retorno imediato, mas faz parte do processo. A proprietária da loja de fantasias finaliza pontuando a importância de dar o primeiro passo em busca dos objetivos.

Surgiu uma oportunidade de investir e foi o que nós fizemos

Rosy Oliveira

Simone Monteiro chegou a se aventurar por outros segmentos, mas o ramo das fantasias é o que mais chamou atenção. Ela considera que é preciso equilíbrio para cuidar dos negócios principalmente pelas relações familiares. Simone enfatiza que a mistura da ideia com o potencial de realização são fatores fundamentais para criação e gestão do negócio.

Enxergando isso no estabelecimento que trabalhou anteriormente, Simone se uniu a Rosy e montaram o “País das Fantasias“. Simone conclui afirmando que investir não é algo fácil e que o início pode ser árduo, mas que ser patroa é bom negócio.

Para você trabalhar com algo, você tem que gostar daquilo que você faz

Simone Monteiro

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Edição: Danilo Muniz

Imagem de destaque da home: Núcleo de Jornalismo do LACOS/ Isadora Altoé