Painel que abriu o Festival Crie abordou pautas sobre inovação, conteúdo e negócios

No primeiro dia de Festival CRIE, o evento contou com a participação de grandes nomes do mercado da comunicação no painel “Conversa sobre futuros: inovação, conteúdo e negócios”

(Imagem: Núcleo de Publicidade do LACOS/Alyson Ferreira)

Natan de Oliveira

O Festival CRIE (Criatividade, Inovação e Empreendedorismo) 2024 é a segunda edição do evento que faz parte da Jornada Científica e Cultural da FAESA Centro Universitário de Vitória, Espírito Santo. O objetivo do CRIE é trazer profissionais da Comunicação Social e do Design Gráfico do Espírito Santo e de outros estados do Brasil para aproximar alunos e outros participantes do mercado de trabalho e aprofundar questões importantes relacionadas a essas áreas

A primeira atividade do Festival CRIE, realizada hoje (08) pela manhã, foi o painel denominado “Conversa sobre futuros: inovação, conteúdo e negócios”. A atividade contou com a presença de grandes nomes do mercado da comunicação brasileira. Marisa Mestiço, Geraldo Nascimento e Beto Biscesto integraram a equipe que conversou e compartilhou experiências acerca das mudanças e revoluções percebidas na área comunicacional

A diretora geral do programa de televisão “Masterchef Brasil”, Marisa Mestiço, abriu a discussão falando sobre o documentário que ela está produzindo sobre os impactos que a sociedade enfrentou e vem enfrentando por decorrência da pandemia de covid-19. Após a pandemia, inclusive, são perceptíveis  mudanças na forma de produção de conteúdo por parte dos meios midiáticos.

A jornalista fala, ainda, sobre a mudança de equipamentos que vêm sendo utilizados pelas empresas midiáticas. O celular se tornou o principal instrumento de trabalho dos comunicadores, principalmente por conta da portabilidade. Contudo, certos produtos midiáticos podem sofrer uma alteração perceptível na qualidade de imagem e áudio, mas Marisa afirma que a história contada causa mais impacto social do que a tecnologia utilizada. 

O poder de fala é mais importante do que a tecnologia

Marisa Mestiço 
Marisa Mestiço, jornalista e diretora geral do programa Masterchef Brasil (Foto: Esther Marina)

O editor-chefe de A Gazeta e CBN, Geraldo Nascimento, compartilhou que existe uma angústia pós-pandemia que circunda todas as áreas da sociedade. Tal angústia desafia os profissionais a lidarem com uma “ponte” entre o saber e o fazer na construção de novas narrativas que, inclusive, adotam uma equipe multidisciplinar no jornalismo atual. Além disso, Geraldo falou a respeito da forma que os profissionais precisam lidar com as novas tecnologias ligadas à inteligência artificial.

Não adianta fingir que a inteligência artificial não existe. Precisamos entendê-la

Geraldo Nascimento

Há muitos anos os profissionais da comunicação ouvem que o jornalismo passa por crises no modelo de negócios, mas o jornalismo vem sobrevivendo a essas questões. Os profissionais da área precisam estar preparados para trabalharem com essas novas realidades. Não se pode abrir mão da qualidade jornalística, que é conquistada com a apuração, credibilidade, informação qualificada e a busca pela verdade. 

O jornalismo está sobrevivendo, mas precisamos viver o jornalismo 

Geraldo Nascimento
Geraldo Nascimento, editor chefe de A Gazeta e CBN (Foto: Esther Marina)

Geraldo fala, ainda, sobre a nova onda de influenciadores nas redes sociais, que estão gerando uma deficiência na qualidade das informações. Existe uma nova geração de consumidores de conteúdos feitos por essas celebridades da web, mas a sociedade necessita do jornalismo, de um curador de conteúdo que seleciona informações de qualidade de diferentes âmbitos sociais.  

Outro convidado para o Painel foi o diretor criativo da “Tátil, Beto Biscesto. A empresa cuida da parte de criatividade e de identidade de marcas e empresas e propõem sempre inovação e autenticidade. Beto falou sobre a importância de construir uma identidade visual, imagem, significado e planejamento para uma empresa e produtos, além de ser importante trazer a tecnologia para o processo de construção.

Beto explicou que é fundamental buscar representar a origem de uma marca e criar uma experiência imersiva para o consumidor, experiências sensoriais que representam a realidade, além da abordagem da diversidade. 

Beto Biscesto, diretor criativo da Tátil (Foto: Esther Marina)

A diversidade que faz a diferença

Beto Biscesto

Confira alguns registros do painel “Conversa sobre futuros: inovação, conteúdo e negócios” feitos pelas alunas do curso de Publicidade e Propaganda da FAESA Centro Universitário Esther Marina e Giovanna Ferrari


Edição de texto: Natan de Oliveira

Imagem de destaque (Home): Núcleo de Publicidade do LACOS/Alyson Ferreira