PROJETO VOZES: OS DESAFIOS DA COMUNIDADE LGBTQIAPN+ NA SOCIEDADE

Caciane de Sousa e Matheus Simmer

A Comunidade LGBTQIAPN+ ainda precisa lutar para conseguir os direitos humanos mais básicos, dando alguns passos para frente e outros para trás. Em comparação ao que era no passado, as condições de vida dessas pessoas está muito melhor atualmente, mas essa é a desculpa mais esfarrapada que se pode ouvir quando tentam silenciar as vozes dos combatentes que se erguem para reivindicar aquilo que, em teoria, é um direito básico.

A ativista transgênero Sylvia Rivera foi uma das pessoas que avançou contra o exército opressor que era a sociedade em meados do século passado. Pessoas LGBTQIAP+ decidiram levantar a voz para se defender dos golpes que recebiam há anos. A vida de Rivera foi marcada por lutas incansáveis pelos direitos das pessoas trans e marginalizadas dentro da comunidade queer.

O ativismo dela enfrentou o desafio da invisibilidade, criticou abertamente a exclusão das pessoas trans das discussões e das organizações políticas, enfatizando a necessidade de reconhecer e lutar pelas questões específicas que afetam as pessoas trans e não conformes com o gênero. O ativismo visava não apenas a igualdade perante a Lei, mas a inclusão social e o acesso a recursos básicos, como moradia e cuidados de saúde, muitas vezes negados à comunidade trans.

Matheus Simmer, Mel Rosário, Fábio Veiga, Caciane Sousa, Rafael Schmidt, Guilherme Silveira e William de Oliveira

E para dar voz para as pessoas que querem ser ouvidas e que não podem ser caladas foi criado o Episódio IV: “Desafios da Comunidade LGBQIAPN+” do videocast do Projeto “Vozes”. Assim, no enfrentamento dessa questão social, a aluna do 4º período de Jornalismo da FAESA Centro Universitário Caciane Sousa e os alunos, também do 4º período, Matheus Simmer, Guilherme Silveira e Rafael Schmidt produziram o conteúdo para as disciplinas de Projeto Integrador III, Produção e Distribuição de Conteúdos para Mídias Digitais, Produção para Audiovisual I e Produção e Edição em Mídia Sonora. Para as reflexões, as vozes que ecoaram no debate foram da atriz e ativista dos direitos humanos Mel Rosário e do membro do Conselho Estadual LGBT do Espírito Santo Fábio Veiga.

Para conhecer mais sobre os desafios da Comunidade LGBQIAPN+, vale conferir o Episódio abaixo:

Performatividade de gênero

A impactante teoria sobre a performatividade de gênero, criada pela ativista Judith Butler, trata da forma como uma pessoa se comporta, se veste ou fala, sendo essas características reguladas pelo o gênero. A teoria consegue desafiar noções tradicionais de identidade, destacando como as normas sociais moldam e constroem as identidades de gênero.

A autora Judith Butler argumenta que a heteronormatividade na sociedade cria desafios para aqueles que não se enquadram nos papéis de gênero “adequados”. O resultado é a luta por reconhecimento e validação, marcada por violência e exclusão.

Os desafios que essa comunidade enfrenta, então, têm sido alvo de debates políticos e culturais. Mesmo que as novas leis pró-LGBTQIAP+ representem dois passos para frente, ainda há os passos que a Comunidade é obrigada a dar para trás, seja na esfera pública ou privada.

O membro do Conselho Estadual LGBT do Espírito Santo Fábio Veiga, a atriz e ativista dos direitos humanos Mel Rosário e a aluna apresentadora do videocast “Desafios da Comunidade LGBQIAPN+” Caciane Sousa (Foto: Arquivo Pessoal)

Edição: Loren Peterli

Imagem do Destaque: Kariana Ferreira