Rayssa Baptista Moreira

A maioria das pessoas está nas redes sociais, da criança ao idoso, independente do meio social e econômico em que vivem. Muitas vezes o meio social tecnológico, que seria para um desenvolvimento do ser humano, se torna um ambiente hostil e negativo. Um lugar onde pessoas se escondem para cometer crimes contra crianças e adolescentes. 

Cyber é uma palavra de origem inglesa que significa um ambiente virtual e, em conjunto com a palavra bullying, deram origem ao cyberbullying que é considerado crime podendo ter penalidades para os que comentem. Em foco em adolescentes, na maioria das vezes o agressor virtual tende a humilhar publicamente o outro por meio de contas anônimas.

A psicóloga Raissa Rodrigues diz que, em tese, o adolescente tem um pouco mais de maturidade para lidar com esse bullying, mas as chances de o cyberbullying trazer problemas para a formação e para o desenvolvimento do indivíduo são enormes. Além disso, ela cita que muitos jovens não fazerem ideia que isso é um crime. A psicóloga alerta que os pais deveriam fiscalizar e orientar mais os adolescentes e, assim, esse tipo de crime poderia ser redizido.

A advogada Larissa Serrão explica que os crimes sofridos em meios virtuais ainda não possuem uma devida punição para todos os casos. Segundo ela, a maioria das vítimas que denuncia tem o seu agressor virtual liberado pela polícia após o pagamento de uma fiança. E, para piorar, o dinheiro da fiança não é direcionado para cobrir os danos psicológicos de quem sofreu o crime.  

A digital influencer e advogada Laís Souza, que usa as suas redes sociais para falar sobre o automobilismo de maneira leve, descontraída, com dancinhas e threads engraçadas, conta que com frequência sofre ataques, principalmente do público masculino, por estar constantemente falando sobre um esporte que, por muitas vezes, foi considerado machista.

A pessoa que faz cyberbullying precisa entender que tem um outro ser humano lendo e que não é certo usar contas anônimas e até mesmo a própria conta para ofender

Laís Souza

A influencer afirma ainda que as pessoas pensam que a internet é terra de ninguém e buscam descontar as frustrações em quem esta do outro lado da tela. “Isso para mim é uma falta de caráter. Eles julgam Tudo. Meu corpo, meu cabelo, meu conteúdo”, disse a influencer. 

Edição: Sofia Galois

Imagem em destaque: Freepik