O papel da música nos estudos

Sofia Galois e Yasmin Oggioni

A música cria diversas possibilidades de Hobbies, contribuindo no combate ao estresse acadêmico (Imagem: Freepik)

Sejam boas ou ruins, as melodias provocam sentimentos e mexem com o emocional dos ouvintes. No universo estudantil, a música pode ser utilizada como ferramenta de auxílio nos estudos ou mesmo método antiestresse. Um estudo realizado pela Federação Mundial de Musicoterapia comprovou que a música ativa diversas regiões do cérebro responsáveis pela memória. Por isso, a utilização da música é explorada por estudantes e professores como oportunidade de melhorar a relação do ensino-aprendizagem na sala de aula.

Aos 18 anos, a estudante de direito Rafaelly Guimarães consegue perceber de perto os benefícios da música na própria rotina. Rafaelly diz ficar esgotada com frequência. Com crises de identidade e de ansiedade, a estudante sente cansaço emocional e insuficiência a ponto de ter bloqueios comunicativos por longos períodos de tempo. “Eu sou muito fã do BTS. As músicas deles conseguem me trazer um conforto e um carinho que nem mesmo dentro de casa consigo sentir“, confessou.

Rafaelly relata ainda encontrar muita paz ao ouvir música, principalmente do grupo BTS. Por meio da batida das músicas, a estudante diz sentir que todos os problemas desaparecem. “Ouvir música é uma forma de escapar do estresse cotidiano“. 

Muitos jovens encontram conforto na música de artistas específicos, criando um sentimento de identificação ao participar de fã clubes (Imagem: Web/Divulgação)

A psicóloga Ana Vieira explicou que as ondas sonoras que são emitidas nas melodias das músicas são capazes de provocar sensações. Essas sensações podem ser relaxantes ou energizantes, pois são capazes de induzir a produção de serotonina e dopamina – substâncias que causam prazer e bem-estar. Por isso, ter a música como Hobbie auxilia os estudantes a enfrentarem rotinas intensas.

O professor de psicologia Lucas Ribeiro defende que a música é uma linguagem dos afetos. Por ser muito ligado aos aspectos musicais, o professor criou o costume de ouvir músicas em sala de aula e percebeu a resposta positiva que a ação incitava nos estudantes. Ao chegar cedo na aula ou no período da noite, os alunos logo encontravam motivação com as melodias.  A partir dessa concepção, Lucas decidiu abordar como Projeto Integrador da disciplina o tema “Psicologia e Música”: os estudantes observam os elementos musicais e a consequente produção de estados afetivos.

Ao escutarem e analisarem músicas em sala de aula, é feita uma discussão sobre a atmosfera psicoafetiva suscitada e as razões por trás desses sentimentos. A música permite uma aula mais dinâmica, interativa e com manifestações afetivas por parte dos estudantes. Assim, nota-se o grande papel das melodias no universo estudantil.

Edição: Sofia Galois

Imagem do Destaque: Freepik