Os desafios do jornalismo independente no Brasil
Karol Costa e Kayra Miranda
Com o mercado de trabalho jornalístico cada vez mais expansivo, há muitas vertentes de jornalismo que foram compostas ao longo do tempo e uma delas é o jornalismo independente. Feito por meio de sites, blogs, newsletters e, principalmente, as redes sociais, o jornalismo independente cresce a cada ano.
Na última matéria jornalística da série especial “Jornalismo em Foco”, você vai conhecer uma das vertentes do jornalismo que está ganhando cada vez mais espaço no mercado de trabalho: o jornalismo independente. Confira, também, as outras matérias da série: A importância do jornalismo na sociedade, O jornalismo investigativo promove mudanças e traz esperança para a sociedade , Jornalismo presente em produtos culturais e O mercado de trabalho jornalístico atual
Um levantamento realizado pela Agência Pública, em 2019, revelou que o Brasil tem 797 organizações de jornalismo independente ativas em 12 estados e no Distrito Federal. Devido ao fato desse jornalismo não estar vinculado a grandes empresas, jornais ou agências, quem escolhe seguir essa área, desde a apuração da notícia até a publicação, passa por muitos desafios.
A jornalista independente Maria Eduarda Bersot, atuante na área há cerca de 2 anos, relata que o maior desafio no jornalismo independente foi não saber se conseguiria pagar as contas, mas conta que teve coragem para começar e que tem sido fantástico atuar na área. “O currículo triplicou de tamanho”, descreve. A jornalista completa que um dos principais fatores que a fez seguir no jornalismo independente foi o sonho de viajar o mundo e também a falta de emprego no mercado de trabalho.
Já para o jornalista independente Sullivan Silva, a falta de emprego no mercado de trabalho jornalístico não foi o principal motivo que o fez seguir essa área, mas a habilidade em produzir propostas de pautas para colegas do meio independente.
Sullivan conta que o maior desafio foi ter patrocínio para produzir as reportagens, pois apesar dos grandes números de bolsas de financiamentos, elas são muito concorridas. Contudo ele explica que o bom relacionamento com as fontes o ajudou para que tivesse sucesso na área.
A jornalista e atual coordenadora do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Espírito Santo (Sindijornalistas/ES), Suzana Tatagiba, acredita que o mercado de trabalho no Espírito Santo tem mudado, principalmente pelo fato dos jornais, em sua maioria, se preocuparem mais com o lucro e não com a qualidade da informação. Por esse motivo, apesar dos grandes desafios encontrados pelo caminho, ela estima que o futuro do jornalismo atual é o jornalismo independente.
Edição: Karol Costa
Imagem Destaque: Núcleo de Jornalismo do Lacos/Loren Peterli