Opinião – O PIB e a Economia como um ‘ioiô’
Bruno Laurindo
Em um cenário positivo, quando a economia passa por crescimentos, as empresas caminham rumo ao êxodo das metas fazendo com que contratem mais mão-de-obra para produzirem mais bens. A concorrência tende a aumentar e a tendência é que as empresas também aumentem as produções. Naturalmente, a oferta ultrapassará a demanda e as empresas terão de baixar os preços para equilibrar o cenário atraindo mais clientes. O resultado disso são lucros e salários menores. E demissões podem acontecer. Assim, acontece, de maneira singular, a queda e a recessão econômica. Nessa situação é comum observar o movimento de mercados altistas e baixistas. Eles surgem quando a economia cresce e depois retrai-se.
Para melhor entendimento do motivo da economia “ioiô”, primeiramente é preciso falar do Produto Interno Bruto (PIB) e explicar os altos e baixos. PIB alto significa que a economia vai bem e está produzindo mais. PIB baixo significa que a economia está encolhendo, o consumo e o investimento também são menores. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos em um país e serve para medir a evolução da economia, ou seja, monitora a economia. Quando o resultado é negativo, significa um reflexo da crise econômica do ano anterior, do aumento do desemprego e do crescimento da taxa de inadimplência.
O PIB é calculado de acordo com a produção total de bens e serviços de uma localidade. Para esse cálculo é utilizado dados de pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IBGE é um órgão federal subordinado ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Ao calcular o PIB, criam-se possibilidades de análise do crescimento econômico e comparações com outras localidades. O PIB permite analisar quais setores da economia que geram mais ou menos rendas, tornando possível identificar as fragilidades econômicas.
Os setores de produção são o agronegócio, as indústrias e os serviços. Em relação as indústrias e os serviços, significa a expansão do consumo das famílias brasileiras que são responsáveis por 63,4%, ou seja, percebe-se que os gastos das famílias têm maior peso na composição do PIB. Já a sua composição é dividida no consumo das famílias, consumo do governo, investimentos das empresas, exportação e importação.
A avaliação do PIB é trimestral ou anual e os resultados, como já foram ditos, são comparados aos resultados avaliados com os anteriores. O PIB mostra quanto se produz e quanto se investe. O valor que os produtos recebem é calculado pela subtração do custo total de produção e do preço de venda. A medição do nível de riqueza pode ser feita de três formas: riqueza, demanda, e renda. Com os juros em queda, a inflação baixa e com a recuperação de créditos há uma melhora na confiança e isso ajuda as famílias a voltarem a consumir.
Inflação
Neste cenário de incertezas, PIB e inflação andam juntos. A inflação é um dos conceitos teóricos mais importantes da Economia. Refere-se ao aumento dos preços em geral, causando perdas de poder aquisitivo da moeda dentro de um país. A inflação, então, significa a compreensão dos movimentos que os preços dos bens e serviços podem ter, visto que nem sempre o mercado encontra-se em equilíbrio. A inflação acontece quando a oferta de dinheiro aumenta, desvalorizando a moeda. É percebida especialmente por meio da elevação de preços, pois a oferta maior de dinheiro reduz o poder de compra dos consumidores, desvalorizando a moeda e aumentando o preço das mercadorias e bens ofertados.
Assim, há quatro conceitos ligados à variação de preço: a inflação e a reflação que significam movimento para cima. E desinflação e deflação que significam movimento para baixo. Esses conceitos podem ser utilizados de maneira relativa de acordo com o período de referência definido. Para combater, então, a inflação, muitos governos recorrem ao controle e congelamento de preços. As medidas podem no máximo atrasar sua manifestação. Mas para um melhoramento definitivo é preciso combater o desemprego e manter a redução nos preços dos produtos, principalmente os alimentos. Para manter a atividade econômica alta e a inflação baixa, os bancos centrais escolhem a política macroeconômica a curto prazo.
Neste sentido, a economia brasileira continua, então, uma incógnita. Em curto prazo, a intensidade da recuperação ainda depende da evolução ou não da Covid-19 e das vacinas que já estão sendo aplicadas no Brasil. As perspectivas para a economia dependem também da redução das incertezas quanto à política fiscal diante do forte aumento do déficit e da dívida pública.
Devido a isso, houve um aumento na inflação. Por causa da pandemia e de incertezas no campo político, empresas baixaram as portas causando demissões em massa, fazendo, assim, com que produtos faltassem nas prateleiras. Com a escassez, os preços aumentaram dificultando a vida de muitos consumidores mesmo que a demanda não seja tão alta. Agora, resta esperar os resultados ao final do ano de 2021 para sabermos se o PIB melhorou e a inflação foi controlada.