atividades físicas durante o isolamento social

Michel Lisboa

A chegada do Coronavírus fez as pessoas mudarem radicalmente os hábitos. A necessidade de começar a aderir a maneiras de se proteger contra o vírus covid-19 fez as pessoas adotarem o uso de máscaras, uso de álcool 70% e, principalmente, praticarem o isolamento social. Com isso, algumas medidas de segurança para a prática de atividades físicas tiveram que ser adotadas.

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Uma das medidas tomadas pelo governo estadual foi o fechamento de vários estabelecimentos, visando diminuir a aglomeração e como consequência recuar a disseminação da doença entre as pessoas. As academias de musculação foram diretamente afetadas com a pausa geral. A situação, então, levou os “malhadores” a buscarem alternativas para não ficarem parados. Correr e caminhar na rua, fazer atividades físicas com orientação online, treinar sozinho em casa e nas praças foram meios encontrados para não perder o pique.

No ápice da pandemia provocada pelo vírus Covid-19, sem poder ir à academia de musculação, a pedagoga Adriana Lisboa, 37 anos, conta que com o fechamento geral feito pelo governo estadual, buscou meios diferentes de praticar exercícios.

Eu tive que me reinventar. Estava acostumada com academia e lugar fechado. Com todos os cuidados necessários, criei uma rotina que foi começar a correr na rua. Levantar cedinho, correr a céu aberto e poder apreciar a natureza foi um ganho para a minha vida

Adriana Lisboa

A pedagoga, que tem dois filhos pequenos, relata ainda que teve dificuldade, pois estava acostumada a levantar mais tarde e que acordar mais cedo a fez ter mais energia para encarar a rotina. “Comecei até a fazer mais exercício pela manhã. A liberdade proporcionada pela corrida de rua é de fato incrível. Foi bastante difícil me habituar a levantar cedo, mas digo que há males que vem para o bem. Ganhei um novo hábito e maior vigor para encarar o dia a dia e aos meus filhos”, afirma a pedagoga aos risos.

O educador físico Eduardo Muniz explica que o improviso e a força de vontade são fundamentais para fazer a atividade física (Foto: Arquivo Pessoal)

O educador físico Eduardo Muniz, 31, explica que há maneiras para as pessoas continuarem em atividade. Para isso, o improviso e a força de vontade são os pontos principais necessários. “Correr na rua, fazer exercícios na praça ou até mesmo em casa são situações bem acessíveis para se manter ativo. Eu mesmo tive que improvisar. Com os devidos cuidados, passei a atender meus alunos em praças e em residências. Durante o exercício é obrigatório o kit de segurança orientado pelo Ministério da Saúde como: máscara, álcool e higienização de todos os materiais”, explica.

Geralmente, as pessoas visam apenas o lado estético quando se trata da atividade física. O educador físico ressalta a importância de ser manter ativo nesse momento em que vivemos uma pandemia mundial. “O exercício físico proporciona uma quebra nessa realidade atual em que vivemos. A saúde física é importante, mas a mental é imprescindível. Hoje, com essa nova condição, fazer corrida, musculação ou qualquer outra prática nos ajuda a esquecermos um pouco esse caos e a permanecermos fortes mentalmente”, pondera.

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