Pedro Ramos

Desde o início das eleições democráticas no Brasil, a política e as mídias formaram “laços” para caminharem juntas. Atualmente, neste mundo digital, as redes sociais são instrumentos importantes e muito utilizados nas campanhas eleitores dos candidatos. Sem ter pessoas aglomeradas nas ruas, os candidatos a prefeitos e vereadores utilizam as plataformas digitais como um caminho para chegar aos eleitores.

No Espírito Santo, aproximadamente 2.811.938 pessoas estão aptas para votar nas eleições de 2020. A autônoma Cynara Moreira, 19 anos, vai exercer esse direito pela primeira vez e conta que não está preparada para votar. O que deixa a jovem insegura é como as propagandas então sendo feitas nas redes sociais. Além disso, ela se preocupa com as notícias falsas que contêm dentro das plataformas, podendo manipular as ações.

Já a estudante de jornalismo Kedma Santos, 20 anos, tem a mesma sensação de despreparo. A jovem sabe da importância da eleição e que a atitude de votar irá guiar o futuro do local onde vive. Contudo, ela reconhece que não dava atenção para assuntos como, por exemplo, o histórico dos candidatos, obrigações e projetos. Para a eleição desse ano, Kedma formula a decisão com base na fala de amigos ou conhecido e pelas propagandas eleitorais.

Acredito que há muitas pessoas que ainda não sabem em quem votar e acabam agindo por impulso. Isso acaba resultando em um candidato eleito que não se preocupa com a população

Kedma Santos, estudante

Conhecendo alguns candidatos e projetos de perto, a estudante de publicidade Thaila Alexandra, 19 anos, que nunca votou, se sente pronta para o ato. Ela faz pesquisas para saber sobre mais sobre os possíveis candidatos. Thaila acredita que a geração mais nova luta contra as notícias falsas.

Vejo pessoas leais lutando pelas minorias. Então, eu sinto que estou fazendo o certo em votar

Thaila Alexandra, estudante

O jornalista e historiador Fabiano Mazzini explica que os jovens estão com dúvidas em relação ao próprio resultado que a política pode trazer para a vida deles. “O momento que estamos enfrentando é de muita desesperança e os acontecimentos políticos no Brasil faz com que o processo fique desacreditado”, conta.

Mazzini acredita que o jovem precisa participar mais da política, observando o que o processo eleitoral pode trazer para ele futuramente. “Não adianta pontuarmos as falhas do sistema, mas participar das decisões quando é preciso. Os jovens precisam votar nas melhores propostas e, para isso, é preciso que conheça os planos dos candidatos”.

Que a falta de informação não paute o comportamento dos jovens na hora de votar

Fabiano Mazzini, jornalista e historiador

Apurar quem são os candidatos, qual é o partido que está por trás daquela pessoa, quais são as alianças que se formam dentro do processo do sistema político para que o candidato apareça, a vida pregressa a candidatura e como fez para chegar até o cargo são dicas que o jornalista deixa para as pessoas que irão votar e estão com incertezas. Fabiano relata que, além dessas dicas, é muito importante filtrar as informações expostas em todos os meios midiáticos.

A eleição acontece das 7 horas às 17 horas no dia 15 de novembro. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) preparou uma série de medidas protetivas para evitar a disseminação da COVID-19. Dentre as recomendações estão: o uso obrigatório de máscara, álcool em gel, caneta individual. O método de identificação biométrico foi desativado e idosos terão horários especiais para votar: das 7 horas até às 10 horas.

Em caso de febre ou tenha testado positivo para a COVID-19 quatorze dias antes das eleições, a justiça eleitoral recomenda que o eleitor fique em casa. A justificativa para a ausência do voto será feita por meio do aplicativo e-Título.