Artigo de Opinião: A criatividade na Jornada do Herói
Lara Mireny
Era uma vez um hobbit que vivia confortavelmente em sua casa, mas, que, de repente, embarca em uma aventura épica ao receber um anel mágico e maligno que precisa ser destruído. Era uma vez um jovem, que, como todo adolescente, enfrenta muitos problemas. Contudo, sua vida corre perigo ao descobrir a verdadeira identidade: um meio-sangue filho de Poseidon. Era uma vez um garoto cheio de sonhos que, num dia o qual parecia ser como todos os outros, se vê envolvido em uma guerra intergaláctica com robôs, naves espaciais e sabres de luz.
Reconhece as histórias? Se fizerem parte do seu repertório cultural, claro que sim. Senhor dos Anéis, Percy Jackson e Star Wars. Será que conseguiu notar que a estrutura é a mesma? Primeiro, há um universo com pessoas em comum que são chamadas para uma aventura. Passam por testes e enfrentam inimigos até chegar ao destino e conquistam a recompensa.
Esses e muitos outros grandes sucessos da literatura fantástica e do cinema são exemplos da Jornada do Herói, uma forma utilizada para contar histórias. Agora, eu te pergunto: se todos se baseiam na Jornada do Herói, como é possível inovar? Criatividade é a resposta. Criar é inovar, reinventar, combinar o que já se sabe e mostrar uma nova perspectiva. Mas será que, em meio a uma população mundial de 7,8 bilhões, criatividade é realmente para todos?
Com tanta gente no mundo, você deve estar pensando que fica muito mais difícil criar algo que seja inovador. A dica é: paciência. Não é de um dia para o outro que surgem novas ideias. Ao contrário do que muitos pensam, a criatividade não é um dom, mas uma habilidade possível de ser construída, praticada e desenvolvida.
Pegue, como exemplo, a profissão de jornalista. Para escrever um texto jornalístico, é preciso utilizar um elemento fundamental para a construção da notícia: o lide. Ele contém perguntas típicas as quais devem ser respondidas logo no primeiro parágrafo. No entanto, em um mundo em que leitores exigem informações rápidas e interessantes, mais do que responder questões, é necessário que o profissional vá além e prenda a atenção do leitor.
Sabendo disso e com o desejo de criar algo novo, faça você a Jornada do Herói seguindo os passos do processo criativo. Primeiro, mostre quem é o personagem, ou seja, o problema. Em seguida, há a chamada para a missão. Por isso, pesquise o máximo de informações. Com o problema em mãos, é chegada a hora de encontrar o sábio, ou melhor, a solução. Não se adiante, ainda não acabou. Aqui, encontramos o vilão da história, portanto, o fim da jornada pode não ter chegado. Finalmente, ao vencer o inimigo, o herói se depara com uma caverna secreta. Será um teste? Ele deve entrar? Mas espere. Olhe ao fundo, está vendo uma luz? Viva! O seu herói encontrou a recompensa…
Às vezes, a ideia pode parecer boba, mas é preciso tentar, independentemente do resultado. Por isso, eu te digo: não tenha medo de errar. Sinta-se livre para dar asas às ideias e revelar ao mundo as habilidades criativas. Afinal, toda solução criativa só acontece com uma jornada de esforço e dedicação.
>>> Esse texto faz parte de uma série de produções opinativas sobre Jornalismo e Criatividade feitas por estudantes do 8º período de Jornalismo da Faesa Centro Universitário. As produções tiveram a orientação do professor Victor Mazzei dentro da disciplina de Criatividade e Processos Criativos.