Isabella Arruda

Com novas opções de cardápios e dietas que incorporam hábitos saudáveis, restrições de componentes e de calorias, os capixabas têm se preocupado com a alimentação e percebido a necessidade de aliar a cozinha a um toque de criatividade. Nesse cenário, aparecem também tendências inusitadas, como a famosa coxinha vegana de jaca, o brigadeiro de chuchu e o churrasco de melancia lançado pela apresentadora de televisão Bela Gil.

A nutricionista Juliana Parrini, 28 anos, afirma que a alimentação balanceada não precisa abrir mão do sabor. Para Juliana, muitas pessoas acreditam que a alimentação saudável não é saborosa, mas, nesse caso, existe a cozinha criativa e intuitiva

Por meio da cozinha criativa e intuitiva pode-se elaborar receitas nutritivas, além de muito gostosas. A cozinha criativa deixa a preparação mais atraente e perde aquele rótulo de ser insossa

Juliana Parrini

Com o mesmo propósito, David Souza, 22, vegano e influenciador digital no ramo da gastronomia sustentável, conta que adora inventar receitas e inovar. Ele afirma que já provou um pastel com recheio de Mangara, feito com o coração da bananeira.

Confesso que me surpreendi com o sabor. Também provei “seitan” que é uma carne vegana feita a partir da proteína do trigo

David Souza

Para quem adere à alimentação mais variada, o importante é aproveitar cada ingrediente da melhor forma possível. De acordo com David, também é possível criar e adaptar ao utilizar produtos acessíveis, de modo a baratear o custo de uma receita.

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LIMITES

Há também quem goste de cozinhar em casa sem cair na rotina e evitar desperdícios. Para a advogada Luísa Epichin, 28, é interessante, no entanto, fugir dos exageros. Ela, apesar de frequentar cafés com propostas ousadas e de acompanhar programas como os da Rita Lobo, prefere não provar “misturas malucas demais”, como, por exemplo, sorvete com bacon, uma tendência nos restaurantes ao estilo fast food.

Também evito carnes exóticas ou algumas partes de animais

Luísa Epichin

Na maior parte do tempo, Luísa busca opções naturais. Ela conta que adora cozinhar, mas que só sabe fazer comida saudável. Antes de conhecer outros influenciadores do ramo, ela costumava se inspirar na Bela Gil, mas, hoje, abriu o leque e, além dela, acompanha as receitas e hábitos de outros “instagrammers”, como a Mônica Wagner, a Renata Bacha e outros tantos menos conhecidos.

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EM ALTA

A gastronomia e a alimentação funcional também sofrem influências de modismos, alguns de fato equilibrados e outros nem tanto. De acordo com Juliana Parrini, a tendência do momento é o “low carb, high fat”, bem como a transformação de receitas clássicas em opções veganas, sem sofrimento animal.

Para a nutricionista, a grande força motriz da busca por mudanças na alimentação é o apelo estético pelo emagrecimento e a preocupação com a saúde. Ela ainda dá bons exemplos de adaptações na dieta, dentre elas doces e salgados estão presentes

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Podemos ver hoje várias receitas tradicionais na versão low carb, nem sempre tão recomendáveis. Estão em alta também receitas tradicionais em versão vegana. Já conseguimos encontrar coxinhas, quiches, pizza, cachorro quente, comida japonesa e cheesecakes. E pode ter certeza, para desenvolver preparações alternativas de receitas tradicionais é preciso abusar da criatividade

Juliana Parrini

Edição: Andressa Alves/ Núcleo de Jornalismo

Foto do destaque: Arquivo pessoal