Criação de datas comemorativas na disciplina de Redação Publicitária

O professor do curso de Publicidade e Propaganda Victor Reis Mazzei desenvolveu uma dinâmica muito criativa dentro disciplina de Redação Publicitária. Na unidade de Anúncios de Oportunidades, em conjunto com as turmas do 4º período, criaram e produziram uma campanha para datas muito especiais: O Dia do Vendedor de Bala  Bombom, O Dia da Tia da CantinaO Dia do Vendedor de Abacaxi.

Mas o que seriam esses anúncios de oportunidades? São datas comemorativas como Dia das Mães, Dia das Crianças, Dia do Professor e assim por diante. A criatividade é uma das principais habilidades de um publicitário e para desenvolver isso, a proposta era desenvolver um dia homenageando um profissional que ainda não tinha um dia para chamar de seu.

As turmas que participaram dessa atividade criaram mais de 50 dias diferentes, mas após votação feita pela turma, apenas três dias foram escolhidos.

O Dia do Vendedor de Bala Bombom, profissional que está sempre nos coletivos, nos pontos de ônibus e pelas ruas afora vendendo essa delícia de doce. O Dia da Tia da Cantina, profissional que sempre está lá para te oferecer um café, um salgado e te ajudar no que ela puder e O Dia do Vendedor de Abacaxi, homenagem àqueles que, seja na feira, na esquina ou no seu local de venda de sempre, nunca vão te decepcionar, pois sempre vai ter um abacaxi docinho pra te oferecer.

Os alunos deveriam criar a data, produzir as peças e, postar as artes no “dia” desses profissionais e ainda fazer com que as pessoas acreditassem que a data realmente existe. Mazzei comenta que o dia que teve mais engajamento e repercussão nas redes sociais foi o Dia do Vendedor de Bala Bombom.

“Os comentários foram hilários (nas redes sociais). Por mais que tivesse um tom de brincadeira, esses profissionais se sentiram homenageados de verdade e as pessoas que fazem uso de transporte publico também gostaram da ideia, brincaram e participaram com a gente da criação”.

O Dia do Vendedor de Bala Bombom foi para as redes sociais e as pessoas realmente entenderam que se tratava de uma homenagem, apesar do teor de brincadeira.

“O intuito é que as produções fossem para as redes sociais e a gente ‘perdesse o controle’, ou seja, que as pessoas entendessem que era uma homenagem e compartilhassem essas postagens, por mais que tivessem um tom lúdico, era de fato uma homenagem”.

A repercussão foi muito positiva, sendo que uma das postagens chegou até a um vendedor do produto, que se sentiu super homenageado e adorou a criação. Victor Mazzei fala que esse foi o grande momento da campanha. Eles atingiram não só o público que compra e conhece esses trabalhadores, mas quem realmente é o protagonista desse trabalho, o próprio vendedor.

Outra repercussão do projeto foi a visibilidade promovida a esses profissionais que não são lembrados no dia a dia, mas que fazem parte do nosso cotidiano. Não só com o vendedor de bala bombom, mas com a “tia da cantina”, com o vendedor de abacaxi e com outros profissionais que não têm uma data especifica, mas que estão presentes na nossa sociedade.

Experiência dos alunos

Mazzei afirma que todo o trabalho das peças foi desenvolvido pelos alunos. Essa era a ideia, sair tudo de dentro da sala de aula. O professor é apenas um mediador dessas peças, conclui.

“A proposta é dar protagonismo ao aluno, no qual ele cria a peça, desenvolve a arte e aprimora habilidades e competências que são fundamentais para a profissão que escolheram. De acordo com o conteúdo visto em sala ele desenvolveu uma data e foi estimulado a produzir um material publicitário sobre isso, e o melhor de tudo é que essas produções são compartilhadas nas redes e são vistas pelos outros”.

O professor destaca ainda a importância de se produzir um conteúdo sério, porque se a peça vem em tom de brincadeira ninguém passa para a frente. Dessa maneira a criação precisa estar muito bem alinhada para evitar esse tipo de interpretação dos conteúdos produzidos.

Para o sucesso dessas peças, alguns fatores são importantes. Não só a qualidade da criação, mas também o engajamento da turma e o compartilhamento das produções do colega. O espírito deve ser esse, de que a atividade é um trabalho da sala.